amores expresos, blog da CECÍLIA

Tuesday, July 31, 2007

São Paulo


Reinaldo Moraes, Antonia Pellegrino e eu

Monday, July 30, 2007

Detour


a calça jeans que você vê em mim é a que eu perdi no aeroporto charles de gaulle. don´t ask.


o toilette do boteco. você coloca os pezinhos ali naquele negócio branco e, de cócoras, alivia-se. europa é isso aí.




passeata é a maior diversão.




patrão.

Friday, July 27, 2007

Muros de Berlim









































Tuesday, July 17, 2007

Folha de S. Paulo

Trecho da minha coluna de hoje:

Feliz escalada do subúrbio

A VERDADE que os velhos cantam desde sempre é que Copacabana acabou, ai de ti etc., mas o que nela acusavam de fim dos tempos era só o início de um processo. Era uma vez um bairro, que explodiu para renascer cidade dentro de uma cidade. Existe à parte há décadas, concentrando o pior e o melhor do Rio.

Quando morei lá, sabia como funcionava em todos os horários: do dia da feira à madrugada dos carros que passam de faróis baixos, à procura. Continuará assim, tema de novela, líquida e falsa, extrema e sublime, gosmenta e ardorosa, decaída, onde aprendi esses e outros adjetivos que conheço e não aplico a mais nada senão pra descrever um pouco de Copacabana. Hoje, cheia de tendas armadas para o Pan. Ai do Pan.

Ipanema e Leblon têm mesas de bar melhor dispostas, mais limpas. É a impressão que fica da displicência estudada de seus assépticos botequins, que se desdobram em franquias onde passa o tempo mais lento de todos os tempos.

Quase consultórios médicos, se comparados a verdadeiros pés-sujos de outros cantos. São bairros sem bares imundos. Talvez tenha sobrado de pé um único entre Ipanema e Leblon, freqüentado por quase ninguém. Mas é secreto. Não o encontro sozinha, sem os amigos de antigamente.

Crachá




Imagine essa cara com o crachazinho embaixo.

Stand-up comedy

"Cecilia é romancista carioca.Tem uma cara decidida, até mesmo racional. Nada que possa revelar seu passado como roqueira. Mutila-se ao contrário. (...) Seu livro Lugares que não conheço, Pessoas que nunca vi, é muito pirado, mas com um enorme rigor literário. Faz tempo que não via de perto gente tão interessante. - Comentário de Jorge de Cunha Lima.

Pirada, com rigor literário, é tudo o que eu sempre quis ser, desde os 7 anos de idade, quando pedi a minha mãe: "Mãe, se dentro de duas décadas eu não tiver atingido meu objetivo de escrever num estilo pirado, com rigor literário, dê-me cicuta".

Ter uma cara racional também não vai mal. Embora pudesse parecer redundante, eu gostaria de produzir um crachá com a descrição que o Jorge fez de mim e andaria com ele por aí. As pessoas leriam a descrição no crachá e então associariam imediatamente à cara acima dele: "Então essa cara aí é uma cara decidida e racional. Hmmm." Melhor do que deixar os outros decidirem por si mesmos que cara estão vendo, não acham?

p.s.: Na verdade, aos 7 anos de idade, o que aconteceu foi que perguntei a minha mãe se éramos pobres. Ela respondeu que não chegávamos à classe média. E deu um sorrisinho maroto.

Sunday, July 15, 2007

Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi

Meu primeiro livro está pronto. O nome é Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi. Os amigos do Rio de Janeiro já o viram semana passada: me procuraram pra ouvir as fofocas da Flip - participei na primeira mesa -, o que não teria graça nem cabimento contar via MSN nem telefone para um amigo. As coisas que acontecem na Flip são sempre histórias de muito impacto e ação, quase um filme de Jackie Chan. E MSN e telefone servem pra matar saudade de quem está noutra cidade; com quem está por perto - e me é próximo - o negócio é relato ao vivo e a cores, com direito a re-encenamento dos principais eventos, com onomatopéias. Também não tem graça fugir rapidinho do trabalho pra almoçar e de lambuja ouvir, entre garfadas, um resumo da ópera literária da Flip. Ou da importância que tem esse livro pra mim.

Queriam matar saudades, falar pelos cotovelos e beber, à noite e sem pressa de ir embora. Encontros assim são hábito de amigos, programa semanal. Mas desta vez eles tinham um interesse escuso: queriam cheirar o livro, perversão que se tem com títulos recém-saídos da gráfica. Certo, vocês não fazem assim com os livros. Somos nós os pervertidos.

Conto isso aqui pra todo mundo porque foi uma felicidade sem tamanho. Quero que extrapole a mesa do boteco onde contei pros amigos. Estranhei tudo, tinha ido pra Paraty arredia, achando que ia engolir as palavras na hora de falar. Mas depois do meu stand-up comedy na Tenda dos Autores, ganhei até um bilhete cor-de-rosa do Marçal Aquino. E um da Ane Aguirre. Gente que não conheço comprou meu livro por lá. Minha cara de surpresa. Não sabia que isso acontecia. Assim, logo de cara. Gente que não conheço. Me abraçaram na rua. Escritor, quando o soltam da jaula na rua, é batata, vai se deixando agarrar.

Os amigos que recentemente fugiram do Rio para São Paulo só verão o livro quando for lançado no comecinho de agosto. Quero fazer um lançamento em São Paulo, mas primeiro o do Rio tem que encher de gente. Conto com vocês. Aviso por aqui quando souber a data.