tag:blogger.com,1999:blog-60806689428111035702024-03-13T08:32:34.472-07:00Blog da Cecilia GiannettiUnknownnoreply@blogger.comBlogger63125tag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-60024478607289037062008-08-29T23:52:00.000-07:002008-08-29T23:55:46.647-07:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/SLju5mwiK3I/AAAAAAAAAMA/YUb-pKOkUoM/s1600-h/7.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/SLju5mwiK3I/AAAAAAAAAMA/YUb-pKOkUoM/s400/7.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5240200839869639538" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-73001347061301381502008-08-29T23:48:00.001-07:002008-08-29T23:50:44.273-07:00Sábato"Não se deve escolher o tema: é preciso deixar que o tema nos escolha. Não se deve escrever se essa obsessão não nos acossa, persegue e pressiona nas regiões mais misteriosas do ser. Às vezes, durante anos."<br /><br />p.s.: A pouco famosa versão de "sem paixão não se chupa nem um chicabom" de Ernesto Sábato.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-57421669816854567162008-05-10T08:05:00.000-07:002008-05-10T08:40:53.394-07:00TränengasTão importante quanto a cerveja. <br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/W-7bbzy8NTw&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/W-7bbzy8NTw&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/07RKSgAdyF0&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/07RKSgAdyF0&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br />E filmar a ação da polizei é tão parte das marchas do 1 de maio quanto faixas, pedras e slogans.<br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QHisB7eEZwM&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/QHisB7eEZwM&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OGqynpQO3nY&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OGqynpQO3nY&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-78913176813611077462008-03-23T16:37:00.001-07:002008-05-10T08:59:06.608-07:00Café Fatal<object width="425" height="350"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ya7wQovy7j8"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/ya7wQovy7j8" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="350"></embed></object><br /><br />Café Fatal é o nome do meu livro. Eu sei disso desde a primeira semana em Berlim, quando entrei por acaso por uma portinhola onde haviam me dito que funcionava um dos mais tradicionais clubes de rock de Berlim, o S036 - nome que corresponde ao cep do local na época em que a Alemanha e Berlim estavam divididas. Entrei, segui por um corredor estreito em que nos dois lados havia prateleiras cheias de revistas, fanzines, flyers de festas e eventos que minha noção minimal tosca de alemão não me traduzia nem o suficiente pra eu saber do que se tratava. E o Café Fatal era uma dessas festas, naquela própria casa, o S036. <br /><br />Não costumo escrever sobre amor, mas sobre quando ele acaba. No Café Fatal vi what the fuss was all about, o lado diferente de que me falam livros e amigos inclinados à fantasia, muito vivo, muito apaixonante. Não era exatamente a minha cena. Mas não existe isso. <br /><br />O Café Fatal é a prova.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-81163106416167360482008-03-10T23:10:00.000-07:002008-12-08T21:01:40.607-08:00Celas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnySXVWgI/AAAAAAAAALY/E1iu5c2YZ-k/s1600-h/berlim+035.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnySXVWgI/AAAAAAAAALY/E1iu5c2YZ-k/s400/berlim+035.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176368566585612802" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnyyXVWhI/AAAAAAAAALg/qpCekXsDXCo/s1600-h/berlim+067.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnyyXVWhI/AAAAAAAAALg/qpCekXsDXCo/s400/berlim+067.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176368575175547410" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnzCXVWiI/AAAAAAAAALo/gUMrCEopBv8/s1600-h/berlim+121.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnzCXVWiI/AAAAAAAAALo/gUMrCEopBv8/s400/berlim+121.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176368579470514722" /></a><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnzyXVWkI/AAAAAAAAAL4/GQG4j7r0XP8/s1600-h/mauer-museum3.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/R9YnzyXVWkI/AAAAAAAAAL4/GQG4j7r0XP8/s400/mauer-museum3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176368592355416642" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-45640290752038761762008-03-10T22:55:00.000-07:002008-03-10T23:06:58.884-07:00Amar é uma criação artísticaVocê pode suspender a criação a qualquer momento. Antes mesmo que comece. Se você não começar a inventar, ela não acontece. E aí ainda bem que você é boa pinta e não te falta carne nem amizades em torno da cerveja de garrafa, porque é toda a história que você vai ter.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-39516901522529421872008-02-25T03:24:00.000-08:002023-01-11T21:35:17.217-08:00Posts: Modo de UsarLevei apenas 17 dias para desconfiar e me preocupar, finalm3nte: talvez o post "i'm taking charge now bASTARD", que consistia somente dessa frase, não tenha sido compreendido como a comemoração de um autor entregando o texto - e tempo, e concentração - a um personagem (esta era a intenção). Mas como uma afronta (?!).
Para desfazer o engano, destrincho os principais componentes da frase:
i'm => personagem
bastard => autor
Quer indicar que o autor cede lugar ao personagem. E a história começa a ser escrita.
Não há, portanto, indelicadeza aí em parte alguma, senão a do personagem para comigo.
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-63918852568588583942008-02-20T01:23:00.001-08:002008-02-20T01:27:00.461-08:00A Gente Boa"Unless we are all mad, t<span style="font-weight:bold;">here is at the back of the most bewildering business a story</span>: and if we are all mad, there is no such thing as madness." - Chesterton, <span style="font-style:italic;">The Barbarism of Berlin</span>, 1914.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-51225325741901349592008-02-08T20:22:00.000-08:002008-02-08T20:24:59.696-08:00i'm taking charge now bASTARDUnknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-31509926384003947382007-11-30T11:03:00.000-08:002007-11-30T11:13:08.557-08:00O comedor de carpeteDo diário do jornalista Willian L. Shirer, escrito na Europa e principalmente na Berlin ocupada e destruída por Hitler. O livro, chamado <span style="font-style:italic;">Berlin</span>, foi publicado pela primeira vez em 1941, e foi o primeiro livro explícito sobre a marcha da Alemanha à guerra. Best-seller instantâneo. Encontrei uma edição de 2004, em inglês, numa banca na <a href="http://www.aviewoncities.com/berlin/unterdenlinden.htm">Unter den Linden</a>:<br /><br />"This morning I noticed something very interesting. I was having breakfest in the garden of the Dreesen Hotel, where Hitler is stopping, when the great man suddenly appeared, strode past me, and went down to the edge of the Rhine to inspect his river yatch, X, one of Germany's leading editors, who secretly despises the regime, nudged me: "Look at his walk!" On inspection it was a very curious walk indeed. In the first place, it was very ladylike. Dainty little steps. In the second place, every few steps he cocked his right shoulder nervously, his left leg snappig up as he did so. I watched him closely as he came back past us. The same nervous tic. He had ugly black patches under his eyes. I think the man is on the edge of a nervous break down. And now I understand the meaning of an expression the party hacks were using when we sat around drinking in the Dreesen last night. They kept talking about the "Teppichfresser", the "carpet-eater". At first I ddn't get it, and then someone explained it in a whisper. They said Hitler has been having some of his nervous crises lately and that in recent days they've taken a strange form. Whenever he goes on a rampage about Benes or the Czechs he flings himself to the floor AND CHEWS THE EDGES OF THE CARPET, hence the <span style="font-style:italic;">Teppichfresser</span>. After seeing him this morning, I believe it."Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-17904011447255174862007-11-21T10:34:00.000-08:002007-11-21T10:36:11.519-08:00Encontro Natalense de EscritoresEu, Zuenir Ventura, Luis Fernando Verissimo, Heloisa Buarque de Hollanda, Jaguar, Chacal, Carlos Heitor Cony, Rui Guerra, entre outros, vamos nos encontrar a partir de amanhã no largo da rua Chile, berço da boemia potiguar, para o 2º Encontro Natalense de Escritores - ENE. <br /><br />Além de lançamentos de livros, debates e performances de artistas locais, a festa também terá muita música, com shows como o de Tom Zé e o da banda Jazz 6 (de Verissimo) no palco no coração do bairro histórico da Ribeira. Movimentando a cidade entre 22 a 24 de novembro, o 2º ENE é uma realização da Prefeitura do Natal, através da Fundação Cultural Capitania das Artes. Veja a programação <A href="http://www.natal.rn.gov.br/funcarte" target="_blank">aqui</A>.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-4686861440371934342007-11-20T09:01:00.000-08:002007-11-20T09:22:27.340-08:00Bate-papo UOL<a href="http://tc.batepapo.uol.com.br/convidados/convid.jhtm">Bate-papo UOL, o maior ponto de encontro online da América Latina</a><br /><br />BATE PAPO UOL HOJE<br /><br />A partir das 15h, tô lá batendo papo sobre o livro.<br /><br />Jornalista e escritora conversa com os internautas sobre "Lugares que Não Conheço, Pessoas que Nunca Vi". O primeiro romance da colunista do jornal Folha de São Paulo conta a história de uma repórter de televisão que entra em crise ao presenciar uma forte cena para a qual pensava estar preparada e acaba sendo arremessada para uma nova realidade.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-77807562519987212792007-11-20T06:26:00.000-08:002007-11-20T08:35:13.208-08:00Fala que eu te escuto<span style="font-style:italic;">“Minha mãe era apaixonada por beleza,”, diz uma mulher de uns 60 anos, descontado o botox, a uma amiga de mesma idade e compleição também recauchutada. Estamos em um barzinho numa calçada da Lapa. As duas são interrompidas por um moleque que pede moedas. Ele tem um bicho na mão, que acaricia. É um rato branco. Grande demais para ser um ramster. O segurança do bar o enxota. As senhoras emudecem, pagam a conta e perco a continuação da história.</span><br /><br />Toda terça-feira, desde o começo do ano, publico uma coluna na Folha de S. Paulo. A de hoje está <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2011200711.htm">aqui</a>.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-77693695402016766572007-11-17T15:26:00.000-08:002007-11-17T15:31:16.526-08:00O que eles dizemTêm saído resenhas do meu primeiro livro: Folha, Globo, IstoÉ, um bisu na Trip, outro na (vejam só) revista Quem. A resenha de que mais gostei, só consegui ler duas semanas depois de ter sido publicada. Eu estava num sítio onde não pegava nem telefone nem internet. É a do Prosa & Verso, escrita por Beatriz Resende. Consegui escaneá-la, em três fragmentos. Um quebra-cabeças que postei no <a href="http://www.flickr.com/photos/giannetti/">Flickr</a>.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-78221989799982324752007-11-08T17:45:00.000-08:002023-01-11T21:43:41.012-08:00Renatavolto a escrever do mesmo jeito que escrevia em berlim. na mesma máquina, que não usava... bem, desde berlim. isso foi no começo do ano. mal posso aceitar, tanto tempo. fui pra lá insegura, voltei insegura. precisei lançar meu primeiro livro pra superar umas merdas e encarar outras de frente. e ver que era bobagem também. falta de gravidade. apareceu guindaste dos bons pra me ajudar.
blog é ruim por causa disso. sempre existirá uma madrugada ao lado de duas cervejas e uma tela conectada à internet. e a gente escreve. a gente fala como se vocês fossem nossos amigos. eu prefiro achar que são.
descolei um sítio. um amigo meu disse: é teu. fica lá. falta a chefe dizer que eu posso ir. que já fiz meu trabalho direito. que posso trabalhar de longe e de madrugada, como fiz em berlim, pra entrar mais no meu livro. ela diz sim. e eu, semana que vem tô lá.
visitei o lugar na semana passada. muita gente junta, não escrevi uma linha. gente engraçada. coaram café numa meia. uma meia esportiva masculina. por falta de coador apropriado. mas era uma meia limpa. creio. não bebi do café, mas os que precisavam dele para dirigir de volta até são paulo não reclamaram. até por não saberem que se tratava de café coado em meia de marmanjo.
não me venha com higiene. já trabalhei em restaurante. acontece coisa pior em cozinha de restaurante.
tive um piripaque de lançamento de livro de estréia, há uns dois meses. qualquer peteleco era vendaval e derrubava. saí melhor dessa do que entrei: eu nunca tinha olhado aquelas mãos direito, as do guindaste que kevantam a gente de novo. agora elas me conhecem bem, devo a elas mais que os cumprimentos formais que trocávamos antes.
já viram esses sites que dão significados aos nomes? são a versão online daquelas revistinhas baratas que qualquer banca de jornal tem, para ajudar os pais a escolherem nomes de filhos que "signifiquem" alguma coisa, que talvez atribuam às crianças algo de especial. ou lhes confiram qualquer tipo de força. como "RENASCIMENTO". agora saíram as resenhas bacanas sobre o livro, leitor me escreve e diz que recomenda por aí "lugares que não conheço, pessoas que nunca vi". uma professora me escreveu dizendo que vai adotar o romance no colégio. gostei dessa conversa.
volto a escrever na mesma máquina que escrevia em berlim. a outra, a "de casa", teve um problema qualquer. mistifico e acho que é porque essa história tinha que ser escrita neste notebook.
eu preferia não ser tão franca num blog. mas, francamente, pudores de internet não significam mais nada. existem outras coisas mais bem guardadas. e que devem ficar assim, até que saiam os livros.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-55361786884520648512007-11-08T17:23:00.000-08:002007-11-08T17:39:32.903-08:00NOVA YORK É UMA ROÇAantes de voltar a falar sobre berlim.<br /><br />Se é verdade que a beleza está nos olhos de quem a enxerga<br />Vão pentear macaco <br />Valham-me os clichês da minha terra: <br />NY é uma roça, o mundo é um ovo e a caravana passa <br />Tudo ao mesmo tempo agora. <br /><br />Vitrine pra Sinhozinho Malta, Viúva Porcina, dourado e verde-limão<br />"Usa cor quem sabe", guincha um pequinês da Park Avenue <br />Jaqueta ao preço da passagem pra Vegas <br />Piteira prata de brinde com o estojinho de maquiagem - usa blush quem não tem sol -, Puxar pra cima a meia-calça arrastão <br />Pruma volta em Union Square e score um skatista <br />Depois contar às amigas-que-almoçam <br />Uma história diferente, pra variar<br />Chianti e Pinot Griggio 8 dólares a taça mais tips<br />Coleira de cobre, relógio de couro<br />Sapato de plástico, cerveja light <br />"Igualzinho à Ilha do Governador!" <br />Mas aqui <br />Ninguém quer dois de nada a um real <br />Baratas do tamanho de ratos, ratos do tamanho de poodles <br />E beatnika é a vovozinha!Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-36371174446208525222007-10-28T12:38:00.000-07:002008-12-08T21:01:40.945-08:00Museu de Berlim<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RyTqFu6YwgI/AAAAAAAAALI/7LzKyo2dwcE/s1600-h/berlim+semana+4+084.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RyTqFu6YwgI/AAAAAAAAALI/7LzKyo2dwcE/s400/berlim+semana+4+084.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5126479660067635714" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-59033591184338636392007-10-28T12:20:00.000-07:002007-10-28T12:35:14.800-07:00O viajante cegoMinha coluna de terça passada na <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2310200712.htm">Folha de S. Paulo</a>:<br /><br />Num tempo em que o drama de viajar não era o apagão aéreo, qualquer trajeto longo poderia significar dias de dores lombares excruciantes numa carroça puxada a cavalos em terreno irregular, ou meses enjoando num navio. Além de superar essas dificuldades comuns no século 19, o inglês James Holman tinha mais motivos que qualquer um para se gabar de ter dado a volta ao mundo.<br /><br />Não só por ser cego. Mas por ter completado trajetos que outros abandonaram pelo meio, e escrito com minúcias impressionantes sobre tudo o que conheceu somente através de seus outros sentidos. Escalar sozinho o monte Vesúvio - como fez em junho de 1821 - era o tipo de diversão que fazia a cabeça do cara. Como fez essas e outras sem enxergar? Sua história foi recuperada por Jason Roberts, colaborador do Village Voice e da Salon.com, em "A sense of the world" (HarperCollins).<br /><br />Holman também sofria de reumatismo e amargou cerca de dois anos sendo tratado como um inválido, antes que pudesse se jogar na aventura. A medicina disponível não oferecia alternativas de cura que não passassem por sessões de sangramentos, choques e sanguessugas - tudo inútil.<br /><br />As dores reumáticas foram seu passaporte: os médicos decidiram que o Mediterrâneo e certas partes da Europa tinham condições climáticas que poderiam amenizar o sofrimento físico. Com carta branca dos doutores, meteu o pé na estrada, começando pela França e engrenando viagem até ganhar fama como viajante e escritor, completando, em 1832, seu circuito mundial. .<br /><br />Recusava guias mas era acompanhado às vezes por um amigo completamente surdo, Colebrook. Que ajudava a enriquecer os textos do viajante cego com detalhes visuais, e também gostava de descrever as mulheres que encontravam pelo caminho. A ajuda era bem recebida pelo viajante cego; não raro Holman acabava caindo nas graças de belas condessas e outras patricinhas high-society da época, e era hospedado por elas.<br /><br />Encontrou ainda o Pedestrian Traveler, sujeito andrajoso que levava no bolso cartas de recomendação assinadas por diversas autoridades e fez a pé boa parte de seu trajeto do Velho Mundo ao Novo Mundo. Às vezes aceitava uma carona de carroça ou de canoa nas travessias que não poderiam ser feitas de outra maneira.<br /><br />Por conta de um mal-entendido, Holman chegou a ser preso na Sibéria e escapou da cadeia burlando a burocracia diplomática. Entrava em regiões desconhecidas sem falar o idioma local e aprendia o básico da língua no tranco. No continente africano, cruzou com um guerreiro indígena tatuado que podia ter acabado com seu barato. A julgar pelo nome - Cut Throat ["corta-garganta"] - não tinha lá muito respeito pela vida alheia. Mas Holman possuía a manha: ganhou a amizade do aborígene, sobreviveu e seguiu emendando um programa de índio no outro. Sem vôos atrasados.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-59220623288826976252007-10-17T22:45:00.001-07:002007-10-17T22:45:28.452-07:00Lançamento hojeNesta quinta-feira, 18, lanço <i>Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi</i>, às 20h, em São Paulo, na Mercearia São Pedro (ver convite abaixo). Meu desejo é que vá todo mundo. Mas se apenas a minha turma de São Paulo comparecer, fico feliz.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-51861296958090855732007-10-16T17:38:00.000-07:002008-12-08T21:01:41.172-08:00Lançamento em São paulo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxVZqn5U4HI/AAAAAAAAALA/vXwvLVfVP_w/s1600-h/06837515.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxVZqn5U4HI/AAAAAAAAALA/vXwvLVfVP_w/s400/06837515.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5122098740002611314" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-34116804576645171332007-10-16T17:17:00.001-07:002008-12-08T21:01:41.342-08:00Quem<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxVXDH5U4GI/AAAAAAAAAK4/s5XPJxZW8-s/s1600-h/50.gif"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxVXDH5U4GI/AAAAAAAAAK4/s5XPJxZW8-s/s400/50.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5122095862374522978" /></a><br /><br />Quem (a revista), me colocou lá em sua lista de "70 pessoas que amamos". Tá em todos os salões de beleza do Catete ao Lebronx, pô. Até meu cabeleireiro hetero viu. E em semana de lançamento do livro. Perfeito. "Hype com conteúdo", escola Will Self-made-man mais popular (se bem que ele participou até de seriado de TV).Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-40303014066513723442007-10-12T19:36:00.000-07:002008-12-08T21:01:41.476-08:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxAwrn5U4FI/AAAAAAAAAKw/-nFKgHWBHx0/s1600-h/berlim+semana+4+113.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/RxAwrn5U4FI/AAAAAAAAAKw/-nFKgHWBHx0/s400/berlim+semana+4+113.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120646302322188370" /></a><br /><br />"I was pioneer", me disse Nicci, fazendo uma mímica que se parecia com alguém que bate com uma marreta contra algo. Contra um muro. Nunca mais vi Nicci. Só passei aquelas três ou quatro horas com ela numa sinuca esquecida, onde ela era a bartender, esperando brasileiros que, honrando sua fama, jamais apareceram. Nicci tinha subido no Mauer e quebrado pedaços dele quando caiu o regime e o próprio Muro. Era "pioneira", atravessara pela primeira vez de um lado a outro como toda uma geração. Seu inglês era inferior ao de seus amigos, aprendido em escola do lado leste.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-20384123061462910642007-10-11T06:36:00.000-07:002023-01-11T21:45:17.425-08:00Freunds<a href="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7LeHIsI/AAAAAAAAAKY/hbcG_4hx1j4/s1600-h/berlim+semana+3_comunismo+124.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120073724011684546" src="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7LeHIsI/AAAAAAAAAKY/hbcG_4hx1j4/s400/berlim+semana+3_comunismo+124.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><br />Conheci-a na passeata comunista anti-globalização, anti-G8, e pró-turcos expulsos pelo governo de um squat em Kreuzberg. Ela era assistente social (dá pra ver porque ficou minha amiga).<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7beHItI/AAAAAAAAAKg/5HdjmtaRscw/s1600-h/berlim+semana+3_zoologischer+078.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120073728306651858" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7beHItI/AAAAAAAAAKg/5HdjmtaRscw/s400/berlim+semana+3_zoologischer+078.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><br />No dia seguinte ao que furtaram minha bolsa numa boate no Mitte (lembram do ladrão de Damasco?), preferi ir pro zoológico. Esse cara aí saiu da água assim que viu a câmera. Berlinense é um bicho exibido.<br /><br /><a href="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7reHIuI/AAAAAAAAAKo/5OkfRQzHbkM/s1600-h/berlim+semana+3_unter+den+linden_hackescher+markt+050.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120073732601619170" src="http://2.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4n7reHIuI/AAAAAAAAAKo/5OkfRQzHbkM/s400/berlim+semana+3_unter+den+linden_hackescher+markt+050.jpg" style="cursor: pointer;" /></a><br />E esses são dois dos vários passarinhos que roubavam minha comida direto do prato no Hackescher Markt. Um clássico da minha experiência com seres extra-terrestres em Berlim.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-88490888569679900422007-10-11T05:52:00.000-07:002008-12-08T21:01:42.497-08:00Cinza<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4ek7eHIpI/AAAAAAAAAKA/sWTv1UoHOgs/s1600-h/berlim+semana+3_comunismo+083.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://3.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4ek7eHIpI/AAAAAAAAAKA/sWTv1UoHOgs/s400/berlim+semana+3_comunismo+083.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120063446154945170" /></a><br />O <a href="http://www.holocaust-mahnmal.de">Memorial do Holocausto</a>. Esta cabeça não faz parte do monumento.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4elLeHIqI/AAAAAAAAAKI/vx4uRQzX45s/s1600-h/berlim+semana+3_comunismo+084.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://4.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4elLeHIqI/AAAAAAAAAKI/vx4uRQzX45s/s400/berlim+semana+3_comunismo+084.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120063450449912482" /></a><br />Bonito e macabro: 2.711 blocos de concreto escuro de alturas diferentes, tumbas crescendo e diminuindo num labirinto na Hannah Arendt Strasse.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4elbeHIrI/AAAAAAAAAKQ/R2-xRQB2ay8/s1600-h/berlim+semana+3_unter+den+linden_hackescher+markt+010.jpg"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;" src="http://1.bp.blogspot.com/_11tUdfGwjM4/Rw4elbeHIrI/AAAAAAAAAKQ/R2-xRQB2ay8/s400/berlim+semana+3_unter+den+linden_hackescher+markt+010.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5120063454744879794" /></a><br />Monty Phyton é genial. Nunca mais conseguimos ver um cavalheiro de armadura brilhante na seção medieval de um museu sem imaginar como ele ia ao restroom.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6080668942811103570.post-17221841901483065122007-10-09T20:51:00.000-07:002023-01-11T21:29:07.425-08:00Obi Wan KenobiRecebemos e-mail de leitor. Recebemos dois. Três. Por aí vai. Tenho colado aqui as mensagens
sobre o meu livro, como a de Paula F.
Se fosse resenha, não me convencia.
Resenhista não dança balé, como a Paula (fucei o Orkut da Paula. Paula dança balé). Resenhista lê de pé. No metrô. Ou no engarrafamento. Falando ao celular. Assim que funciona, acho. Trabalhei em jornal, deduzo daí.
Leitor... bem, leitor lê. Paula, diferentemente de outros leitores, diz ainda por cima ter me ouvido. Vamos progredindo, então, para-psicologicamente, de carta de leitor em carta de leitor.
Qualquer dia vai me chegar um e-mail informando que alguém comprou o <i><a href="http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=2159050" target="_blank">Lugares que não conheço, pessoas que nunca vi</a></i>, e que, ao abri-lo, me materializei em holografia a sua frente.
"Help me, Obi Wan Kenabi, you´re my only hope". Esse tipo de coisa.
(Tive um amigo que, toda vez que bebia e era solto na rua feito fera, ajoelhava-se frente à primeira caçambinha da Comlurb, dessas presas a poste, e pedia com urgência e humildade: "Help me, Obi Wan Kenobi, you´re my only hope", como se ali enxergasse o Membro do Alto Conselho Jedi de <i>Guerra nas estrelas</i>.)
<i>Cecília,
te vi a primeira vez na FLIP deste ano. Ri e me emocionei com as suas palavras no palco.
Te vi pela segunda vez ainda na flip, porém entre uma multidão..
estava sozinha e observando pessoas ou alguma coisa.
te vi pela terceira vez numa livraria. li mais de suas palavras e te comprei para presentear uma amiga. (quero deixar claro q fiquei em duvida entre vc e o nobel coetzee, mas fiquei com a 1ª opção pq gosto de lugares que não conheço e de pessoas que nunca vi, apesar de ter te visto já duas vezes até então).
te vi pela 4ª vez aqui nesse novo meio de comunicação.
posso te adicionar?
beijos da sua leitora de terças feiras</i> - Paula F.
Te add.Unknownnoreply@blogger.com